Um dos pilares do bom desenvolvimento das empresas é manter um bom relacionamento com fornecedores e clientes. Como uma relação de confiança mútua, cliente e fornecedor precisam trabalhar para manter um vínculo que beneficie ambos os lados, sempre atuando em espírito de parceria a fim maximizar suas experiências, melhorar seus aprendizados, contribuir com a evolução de seus parceiros e aumentar suas chances de ganho a curto, médio e longo prazo através desse relacionamento.
Com o crescimento de e-commerces e novos negócios, principalmente durante o período da pandemia, encarar essa relação de forma benéfica e agir com o intuito de gerar ganhos mútuos ajuda no desenvolvimento e na melhoria dos processos criativos e produtivos das partes, garantindo mais qualidade e fortalecendo um relacionamento que tende a trazer muitas vantagens.
Importante observar como a explosão tecnológica influenciou de forma inimaginável a vida de todos, gerando experiências constantes e que são capturadas instantaneamente por várias empresas, capazes de compilar essas informações para gerar conteúdos, propagandas e assuntos que estão cada vez mais próximos dos seus interesses pessoais.
Como funciona o relacionamento entre clientes e fornecedores
O relacionamento cliente-fornecedor é iniciado a partir de uma necessidade do cliente, o que traz aos fornecedores a possibilidade de aproveitar a oportunidade para criar uma relação de entendimento e confiança mútua.
Ao criar esse ambiente onde a parceria é benéfica para ambos, o cliente consegue compreender as vantagens competitivas que esse fornecedor pode trazer, minimizando as chances de uma nova avaliação de fornecedores e trazendo mais possibilidades de negociação e parceria.
Todo esse processo pode acontecer rapidamente, por isso é ideal que fornecedor e cliente saibam que o primeiro contato é uma das etapas mais importantes para chegar ao melhor acordo. Estar preparado para criar bons relacionamentos desde o início é o caminho para que fornecedores e clientes saiam ganhando, desenvolvendo um relacionamento vantajoso e flexível entre as partes.
Para que a relação atinja esse grau de confiança, é necessário atender alguns requisitos e respeitar algumas regras, tais como:
- Participação;
- Fornecimento com qualidade assegurada;
- Sugestões, críticas construtivas e avaliações;
- Indicação de novos clientes;
- Comunicação clara e efetiva.
Como manter uma relacionamento saudável com o seu fornecedor
Quando uma parceria cliente-fornecedor atinge um certo grau de confiança, dá-se a ela o nome de comakership, a forma mais desenvolvida de relacionamento entre clientes e fornecedores onde se estabelece uma parceria sólida, de forma a gerenciar os produtos, processos, qualidade, pesquisas e desenvolvimentos mutuamente.
É preciso compreender que esse tipo de relação não nasce da noite para o dia, mas deve ser construído com paciência. Para isso, é preciso tempo, já que requer amadurecimento, constância e compreensão das capacidades do fornecedor e da confiabilidade do cliente.
Para chegar a esse patamar, é necessário construir um relacionamento baseado em princípios essenciais, tais como:
Flexibilidade e transparência
Dentro de uma relação entre clientes e fornecedores, é fundamental que ambos os lados estejam abertos para o diálogo de forma muito transparente. Ao fornecedor, cabe explicar até que ponto é possível flexibilizar itens como pagamento e entregas, por exemplo, enquanto ao cliente cabe a tarefa de deixar claro como está a situação de seu negócio, sempre tentando chegar ao melhor acordo possível.
Comunicação e negociação
Saber negociar e ter argumentos para criar a relação mais vantajosa e sincera possível é uma das principais características para criar um relacionamento de sucesso. Com sinceridade e visando o benefício mútuo, a negociação pode trazer benefícios para ambos, fortalecendo os laços e aumentando a confiança e a credibilidade na relação comercial.
Evitar disputas
É importante que cliente e fornecedor saibam que podem se relacionar sem correr o risco de serem desvalorizados, substituídos ou ameaçados. Para isso, a comunicação precisa ser clara, sempre voltada para criar uma estratégia de relacionamento que priorize a relação comercial e gere menos perdas.
Participação
Quando possível, aproveite para conversar, oferecer opiniões sobre os produtos ou serviços disponibilizados pelo parceiro, propor ideias, negociar condições e fortalecer laços. Conhecer seu cliente ou fornecedor é um caminho para garantir uma boa experiência e otimizar os aprendizados e resultados mutuamente.
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)
Entrou em vigor no Brasil a Lei nº 13.709/2018, que trata justamente da proteção ou tutela do dado pessoal. As linhas gerais da lei brasileira tiveram como base o modelo europeu de proteção de dados pessoais, a GDPR (General Data Protection Regulation, ou, em português, Regulação Geral de Proteção de Dados).
Com o uso cada vez mais frequente de aplicativos e ferramentas eletrônicas para o estreitamento da relação com o cliente, se mostra fundamental que se preserve alguns direitos individuais, como o direito de acesso, o direito de ser informado e o direito à minimização do uso dos dados, apenas para citar alguns exemplos.
A LGPD ainda estabeleceu algumas exigências para as empresas que coletam informações pessoais dos clientes, de forma eletrônica ou não, além do modo como serão tratados esses dados pessoais.
Tais exigências devem ser conhecidas e analisadas pelo empreendedor, cabendo-lhe estruturar de forma sólida a empresa para que não haja custos que prejudiquem o planejamento financeiro ou, em último caso, a eventual aplicação de multas administrativas, que podem afetar a continuidade do negócio.
Por isso, fundamental que a empresa tenha uma política de privacidade que descreva de forma clara e exaustiva ao cliente como os dados pessoais serão coletados, bem como a sua armazenagem, processamento e compartilhamento.